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terça-feira, 22 de abril de 2014

Saya parte 2

  Após modelado interna e externamente, o " saya "que receberá pintura é reforçado com peças de chifre.

 Na  entrada da espada " koiguchi "


No " kurigata  onde é preso o cordame .




E o final " kojiri ".


Depois é reforçado com colagem de papel para reforçar as emendas.


E para finalizar, uma camada de laca japonesa " urushi " é aplicada para selar os poros da madeira e reforçar as emendas de papel.



Ufa......

Desta etapa em diante fica por conta do pintor de " saya ", mas isto já é uma outra história.













segunda-feira, 21 de abril de 2014

Novo Site

Para website mais enxuto e com fotos em boa resolução acesse o Novo Site  .

obrigado.


sábado, 12 de abril de 2014

Pedras naturais japonesas e polimento

 

O uso de pedras naturais para afiação e polimento é um assunto bem vasto e técnico.

  Bem antes de existir papel lixa, eletricidade e lixadeiras, os antigos polidores precisavam encontrar na natureza abrasivos  para dar acabamentos em suas facas, espadas e ferramentas.

  E diferentes regiões e montanhas foram descobertas pedras com características boas para este fim.

O profissional especializado em polir espadas no japão se chama "Togishi".



  Toda  pedra sintética ou natural é composta basicamente de um grão cortante ( abrasivo) e uma cola ( aglutinante).

  No caso das pedras naturais o grão abrasivo é menos agressivo que os sintéticos ( mais arredondado). Além disto  abre os poros do aço ( grãos),  ao contrário dos sintéticos que entopem e deixam brilhando.

O aglutinante varia bastante, pedras que se desgastam facilmente e outras bem duras.

  Devido a dificuldade de se encontrar pedras sem " sujeiras" ( impurezas que irão riscar a lâmina com riscos mais grossos), as boas pedras de polimento são raras e muito caras.

  Fiz um teste  rápido pra podermos visualizar o efeito de algumas.


Pedra acima chamada de "chu-nagura", equivalente a um grão # 600.


  Pedra seguinte " koma-nagura", equivalente ao grão # 1000. 

Notem uma série de pontos vermelhos na massa branca. Estas são impurezas que riscam a lâmina. 

  Atualmente não se encontra uma boa pedra desta para comprar, se achar é antiga, com preços acima de R$ 15.000,00.

  Até este estágio normalmente se usam pedras sintéticas, pois são mais uniformes.

  Porém a partir da próxima é obrigatório o uso de naturais.
  

  São usadas duas pedras " uchigumori".Uma mais macia chamada " Hato".


E a mais fina ainda e dura, chamada de "Jito".


E a última é uma chamada " Narutaki", que é colada em papel para se lixar a parte macia da lâmina e ajuda a revelar o desenho do aço.





  Depois se aplica pó bem fino de minério de magnetita para escurecer a parte macia.

Este tipo de acabamento é chamado de "sashikomi" mostra a espada como ela é.

  Existe um outro estilo de finalização onde a linha de têmpera fica mais aparente ,chamado de "kesho", como se fosse uma maquiado.

Quem quiser se aprofundar mais sobre o assunto pode comprar o livro.
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Kanna


A bainha da espada é modelada por fora com uso de plainas de várias larguras.

Estas plainas são feitas com uma base em madeira, carvalho branco ou vermelho.

e lâmina cortante em aço com ferro.

O ajuste do corte se faz batendo na parte de cima da lâmina e na parte da madeira marcada com a fita verde.


Para acabamento é retirado material bem fino (0,018 mm)
.

No próximo artigo vamos falar sobre pedras naturais japonesas e polimento.







quarta-feira, 9 de abril de 2014

Ferramentas para saya- KIRIDASHI

   Para se escavar a madeira da bainha e cabo da espada são usados formões, plainas e facas.

  Kiridashi em japonês é o nome das pequenas facas usadas para modelar e dar acabamento.


  Como são ferramentas que necessitam estar bem afiadas, e são afiadas a mão, se usa uma solução bem simples.


  Somente a parte do corte é feita de aço, as outras em ferro.

  Isto agiliza a afiação pois o ferro é bem macio e se desgasta rápido na afiação, economizando assim bastante tempo.

  Também na parte reta de aço da faca tem um rebaixo para que se remova só o material necessário.
  Não deve ser usada lixas, pois os grãos abrasivos que se soltam das lixas ficas presos nos poros da madeira .
  Resultado  riscos na espada ao se embainhar e desembainhar.


No Próxímo capítulo da novela....

                                                             Plaina Japonesa, não percam.











terça-feira, 8 de abril de 2014

Colorindo

Colorindo

  Vários metais e ligas são usadas nas peças das espadas japonesas: ouro, prata, cobre, chumbo, arsênico e zinco.
  Na pátina tradicional, o ouro e a prata puros não alteram sua cor original; porém as outras ligas mudam sua cor, possibilitando se obter uma paleta de cores bem interessante.
  Rokusho é o nome do ingrediente que faz a mágica acontecer.


  Depois de finalizadas, as peças devem estar isentas de óleo e óxido.
O método tradicional usa uma escova de rabo de cavalo e pós para polimento.

Depois é mergulhado em suco de nabo.


 E finalmente na patina, onde pode ficar de minutos a um dia dependendo da cor desejada.


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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Saya

    A bainha da espada ou " saya " é também uma das partes importantes da espada.
Tradicionalmente é feita em madeira magnólia " honoki". É escavada internamente através de formões "nomi" e facas "kiridashi".
   São coladas com cola feita de arroz e modelada externamente através de plainas de " kanna".



  Se bem feita, internamente não fica larga, porém toca na lâmina ( apenas parte dorso e "habaki" ), pois se tocar aparecem pontos de ferrugem ao longo do tempo.
  Uma espada pode se estragar com uma bainha mal feita.


  São dois os tipos básicos de bainha, a "shirasaya" sem pintura, apenas encerada que serve como estojo pra guardar a espada. 
E a  pintada com laca japonesa e que recebe reforços de chifre de búfalo no início " koiguchi", final " kojiri" e parte central "kurigata" onde se prende um cordame.

Se meu chefe deixar, vamos continuar com mais fotos e detalhes sobre o assunto em posts futuros.
inté.